martes, 5 de mayo de 2009

A LA NOCHE

A Waly Salomão

todas las palabras son negras
todos los gatos tardíos
todos los sueños son póstumos
todos los barcos son gélidos
los pasos, a la noche, arrítmicos
los músculos son ávidos
y las máscaras, anémicas
todos pálidos, los versos
todos los miedos son pánicos
todas las frutas son nísperos
y son pájaros los planes
todos los compases, lúbricos
son tónicos todos los gritos
todos los goces son santos


Antonio Carlos Secchin

(Tomado de “Los trazos de Pandora”,
Antología bilingüe -Inédita- de la poesía
contemporánea brasileña, anotada, compilada
y traducida por Martín Palacio Gamboa)

À noite
A Waly Salomão

todas as palavras são pretas
todos os gatos são tardos
todos os sonhos são póstumos
todos os barcos são gélidos
á noite são os passos todos trôpegos
os músculos são sôfregos
e as máscaras, anêmicas
todos pálidos, os versos
todos os medos são pânicos
todas as frutas são pêssegos
e são pássaros todos os planos
todos os ritmos são lúbricos
são tônicos todos os gritos
todos os gozos são santos


Antonio Carlos Secchin. Poeta y Profesor brasileño. (1952, Rio de Janeiro). Obra poética:“A ilha” -1971- Edición de autor, 1971. Rio de JaneirO. “Ária de estação” -1973- Editorial São José, Rio de Janeiro. “Elementos” -1983-. Edición Civilização Brasileira Rio de Janeiro. “Diga-se de passagem” -1988-. Ladrões do Fogo, Rio de Janeiro. “Poema para 2002” -2002-. Cacto Arte e Ciência , Rio de Janeiro. “Todos os ventos” -2002-. Nova Fronteira, Rio de Janeiro. “Todos los vientos” -2004-. Ediciones Gitanjali-CONAC, Mérida: “Todos os ventos – antologia poética” -2005-. Quase Edições, Famelicão, Portugal.


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